“A.C.I.MA.” – dando continuidade ao projeto de mapeamento dos
artistas e escritores brasileiros - “Vitrine do Artista Brasileiro no
Exterior”, iniciado em setembro de 2011, com entrevistas dirigidas inicialmente
para os artistas e escritores brasileiros residentes no exterior, dá início ao
segundo ciclo do projeto de entrevistas para a “Vitrine do Artista Brasileiro”,
com os artistas e escritores associados A.C.I.MA., residentes no Brasil, que
contribuem para a divulgação e valorização da Arte & cultura brasileira no
exterior.
O projeto “Vitrine do
Artista Brasileiro” da A.C.I.MA. abraça a arte e a cultura dos povos
migrantes em todas as suas formas e manifestações – sejam elas, musicais,
literárias, teatrais, artes plásticas, cinema, dança, fotografia, folclore,
enfim, todas as expressões artísticas brasileiras.
A.C.I.MA. entrevista a escritora MIRIAM DE SALES OLIVEIRA
A.C.I.MA. – Bem vinda MIRIAM DE SALES! É uma honra tê-la conosco! Primeiramente,
gostaríamos de saber um pouco sobre você: de onde vem, qual sua terra natal?
Onde vive atualmente? Além da escrita, que trabalho ou hobby desenvolve?
M. S. O. – Nasci e vivo em Salvador, Bahia; meu trabalho, hoje, é
escrever e presidir uma pequena Editora, a Pimenta Malagueta. Apesar de pequena
é atrevida, pois já publicou cerca de 30 livros e mais 15 digitais em menos de
três anos. Trata-se de uma editora criada por uma autora para autores, e
procura ajudá-los nas suas pretensões literárias.
A.C.I.MA. – Como e quando se
dá o seu primeiro contato com a escrita? Sobre qual tema você escreve? De onde
vem as inspirações para suas obras literárias? Poderia nos contar um pouco
sobre seu processo criativo?
M. S. O. – Meu primeiro contato com a escrita começou aos 8 anos
de idade, quando meu avô materno me pediu para escrever um discurso em
homenagem a Getúlio Vargas, político brasileiro famoso nos anos 50. Sempre
escrevi diários, desde adolescente, mas, publicar mesmo, comecei em 2008, num
site literário; foi quando ganhei meu primeiro computador.
A.C.I.MA. – Qual foi a
pessoa que primeiramente acreditou em seu talento? E qual outra linguagem da
Arte tem o seu interesse?
Além da literatura, as artes plásticas e a sétima arte, o cinema.
A.C.I.MA. – O que você acha
que seria prioritário fazer para criar oportunidades para valorizar e divulgar
o trabalho dos escritores e artistas brasileiros no Brasil e no exterior?
M. S. O. – Mais
apoio do governo, menos “panelinhas” literárias e mais divulgação. Não que eu
goste ou recomende ao autor ser um escritor ‘gov.com’, o autor deve ser livre
como um pássaro e um apóstolo da literatura, levando sua arte – aos quatro
cantos do mundo. Considero indispensável o trabalho que pessoas como vocês
realizam, abrindo, para novos escritores
portas do mundo. Bem como, o trabalho informativo do Jornal Sem Fronteiras, da
Dyandreia Portugal.
A.C.I.MA. – Na sua opinião, qual o maior obstáculo que encontra o escritor brasileiro para ingressar no universo literário? Como você divulga o seu trabalho? Onde é possível adquirir seus livros?
M. S. O. – A falta de apoio e o alto custo
da publicação, além da falta de divulgação, principalmente, se ele, o autor, é
oriundo de pequenas editoras como a minha que não tem acesso à grandes
distribuidores.
Da nossa parte, fazemos o possível para divulgá-los, mas,
é caro e difícil, pois, não existe acesso á mídia e só nos restam as redes
sociais.
Eu faço, com meus livros, um trabalho de formiguinha,
levando-os às ruas, às festas literárias que, antes de ficar conhecida e ser convidada,
ìa por minha conta. Faço palestras em escolas e entidades e procuro as
livrarias; muitas se dispuseram a vender os meus livros,com relativo sucesso.
Meus livros podem ser adquiridos nas livrarias
parceiras em Salvador, na Livraria Cultura, em todo o Brasil, ou pedidos por
e-mail, ou nas minhas páginas na internet. A carreira literária não se constrói
de uma noite para um dia, é necessário paciência e persistência e, sobretudo, confiar
em si mesma.
A.C.I.MA. – Que conselho
daria a quem está dando os primeiros passos no universo literário?
M. S. O. – Primeiro dessacralizar o livro;
livro é investimento como outro qualquer; vai para o Mercado, tem custos e
exige muito trabalho e esforço do autor. É como uma ação na Bolsa, pode virar
blue chip ou não, mas, você só saberá se arriscar. Como todo investimento tem
gastos; o autor deve estar preparado para isto. O primeiro passo, e que
recomendo ao novo autor, é participar de Antologias sérias, um passo para ser
conhecido. Os blogs bem feitos são importantes, funcionou para mim e a presença
nas redes sociais com temas interessantes. Autor, ninguém divulga seu trabalho
melhor que você, pense nisto e arregace as mangas.
A.C.I.MA. – Qual sua opinião sobre o momento “economicamente feliz” que o Brasil está vivenciando atualmente? Segundo seu ponto de vista será duradouro? Qual é o seu objetivo literário no momento?
M. S. O. – Contrariando o ‘establishment’, acho que o Brasil, vive,
sim, um bom momento. Muita gente saiu da miséria e está sendo criada uma classe
média que consome e lê. Precisamos de mais educação e menos bla – bla –blá. Não
tenho partido político, pois, sempre fui independente e voto nas pessoas, não
nos partidos; e, observo, reflito, longe da mídia brasileira que considero
tendenciosa e venal.
Se será duradouro esse momento? Não sei! O país faz
parte de um mundo em crise com valores
destruídos e nada para substituí-los, imperando a corrupção e os interesses
escusos.
Meu objetivo literário, no momento, é crescer, mas,
não corro atrás da fama, nem quero virar celebridade. Contento-me em escrever e
vender livros, mantendo minha independência, que me é tão cara.
A.C.I.MA. – Poderia nos
falar um pouco sobre suas obras, seu percurso, e particularmente sobre a
experiência de divulgar suas obras no exterior?
M. S. O. – Com prazer! Comecei escrevendo nos sites – tenho mais
de 2000 artigos, crônicas e contos publicados – depois participei de Antologias
e parti para meu primeiro livro solo, um e-book – Maktub – em 2008, lançado, com
sucesso na Bienal da Bahia. Depois, veio meu carro – chefe: ‘A Bahia de
Outrora’, já na 4ª edição e com uma edição em e-book que está no Amazon, seguida
de ‘Contos Apimentados’, já na 2ª edição e ‘Contos e Causos’, ambos contos de
humor. Em e-book tenho, ainda: ‘As Filhas do General’ e estou preparando ‘Bahia
de Todos os Santos e Todos os Orixás, que pretendo lançar no Salão de Turim, com
vocês.
No mais, sou membro de três Academias, blogueira de
coração, tenho 9 blogs, e, segundo o Google, com mais de um milhão de leitores
na rede.
Divulgar minhas obras no exterior é o que mais desejo;
sou convidada para mesas e palestras literárias em todo o país, mas, gostaria
de estender essa experiência para fora do Brasil.
A.C.I.MA. – Quantos livros
você publicou? Pode nos deixar aqui uma bibliografia (título/Ano de publicação/
Tema e público alvo/ Em uma frase a mensagem de cada obra.
M. S. O. – Vamos lá:
2008
–‘Maktub’, um e-book, de mensagens.
2011 – ‘Contos
e Causos’ -1ª Ed.Contos humorísticos
2011 – ‘A
Bahia de Outrora’ – 1ª Ed. Livro de crônicas sobre a Bahia antiga, costumes, tradições, gastronomia, festas
populares
2011 –
‘Contos Apimentados” -1ª Ed.
2012 – ‘A
Bahia de Outrora’ - 2ª Ed. Revista e ampliada.
2012 –‘Contos
Apimentados’ - 2ª Ed.
2012 –‘Contos
e Causos’ – 2ª Ed.
2012 – ‘As
Filhas do General’, romance curto em e-book
2013 – ‘Contos
e Causos’ – 3ª Ed.Também em e-book. Neste livro de contos bem humorados,
pretendo resgatar a cultura nordestina e seu povo, tão peculiar.
2013 – ‘A
Bahia de Outrora’ – 3ª edição.
2013 – ‘Contos Apimentados’ – 2ª Ed. Também
em e-book.
2014 – ‘A Bahia de Outrora’ – 4ª edição. Também em e-book. Meu público
alvo vai de adolescentes a idosos, em todo o Brasil, gente que procura um
humor sadio e espirituoso, agregado ao conhecimento.
‘A Bahia de Outrora’, um resgate de
nossa cultura e tradição e um hino de amor à Bahia.
‘Contos
Apimentados’, um pequeno texto da apresentação e que bem define o livro: ‘Afirmo
que, o objetivo desta obra - que não é prima nem irmã de ninguém - é o
objetivo primordial da Literatura: instruir, educar, divertir. Contar
histórias; não foi assim que tudo começou?’
‘Contos e Causos’ – Minha intenção foi
documentar o passado, mostrar a verve e os dizeres do povo brasileiro, enfim,
a cultura popular nordestina que está ficando esquecida.
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A.C.I.MA. – Se desejar deixe-nos uma mensagem, frase,
reflexão ou poesia de sua autoria, por favor!
M. S. O. – Uma mensagem
para autores iniciantes:
Procure
fazer um bom livro; o mercado exclui o que não tem valor. Isso não significa
fazer concessões, mas, apresentar um trabalho de qualidade.
Ter
disposição para “trabalhar “o livro". Participar de feiras, festas
literárias, visitar escolas, ir aonde o leitor está. E, lembrar que em todo não
tem sempre uma semente de sim; não tenha medo de rejeição ou negativa. Estabeleça
uma meta: vender dois livros por dia. No fim do mês são 60 exemplares vendidos.
Dá mais que um salário mínimo.
Sucesso só vem antes de trabalho no dicionário.
RAPIDINHAS:
A.C.I.MA. – Uma saudade?
M. S. O. – Meus pais.
A.C.I.MA. – Um sonho?
M. S. O. – Um mundo sem fome e guerras.
A.C.I.MA. – Um lugar?
M. S. O. – Salvador.
A.C.I.MA. – Uma música?
M. S. O. – My way.
A.C.I.MA. – Uma tristeza?
M. S. O. – A incompreensão.
A.C.I.MA. – Um barulho?
M. S. O. – O som das ondas batendo na praia.
A.C.I.MA. – Um cheiro?
M. S. O. – De livro novo.
A.C.I.MA. – Doce ou salgado?
M. S. O. – Ambos.
A.C.I.MA. – Destino ou
casualidade?
M. S. O. – Destino. Maktub: estava escrito.
A.C.I.MA. – Quente ou frio?
M. S. O. – Quente.
A.C.I.MA. – Seu hobby?
M. S. O. – Leitura.
A.C.I.MA. – Comida
preferida?
M. S. O. – À italiana. (Não estou puxando o saco. rsss)
A.C.I.MA. – O que ama?
M. S. O. – Tanta coisa; minha família, 6 filhos, 13 netos, minha
bisneta, meu marido, gatos...
A.C.I.MA. – O que não ama?
M. S. O. – Mentira, falsidade, dissimulação.
A.C.I.MA. – Um livro?
M. S. O. – Cem anos de solidão.
A.C.I.MA. – Um filme?
M. S. O. – Testemunha de Acusação.
A.C.I.MA. – Uma homenagem?
M. S. O. – A todos aqueles que lutam para tornar seus sonhos realidade.
A.C.I.MA. – Momento
inesquecível?
M. S. O. – O nascimento da minha primeira filha, Consuelo.
A.C.I.MA. – Três coisas
fundamentarias para ser feliz?
A.C.I.MA. – Muito obrigida MIRIAM DE SALES OLIVEIRA! Parabéns pelo seu lindo trabalho! Sucesso sempre!
A.C.I.MA. - Conectando Mentes
& Culturas!
www.acimamandala.com
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Para ter acesso as entrevistas e conhecer melhor essa geração fantástica de
artistas e escritores que, com Cores & Letras, estão escrevendo a nossa
história, clique nos links abaixo. Boa leitura.
EXTERIOR
BRASIL
A.C.I.MA. Entrevista a escritora FLÁVIA ASSAIFE.
A.C.I.MA. Entrevista o Escritor VALDECK ALMEIDA DE JESUS
A.C.I.MA. Entrevista o Professor e Escritor FRANCISCO EVANDRO DE OLIVEIRA
(Farick).
A.C.I.MA. Entrevista a Escritora HEBE C. BOA-VIAGEM A.
COSTA http://acimamandala.blogspot.it/2013/12/acima-entrevista-hebe-c-boa-viagem-costa.html
A.C.I.MA. Entrevista a Escritora GRECIANNY CARVALHO
CORDEIRO
A.C.I.MA. Entrevista a Escritora ANA CRISTINA COSTA
SIQUEIRA
A.C.I.MA. Entrevista a Escritora DULCE AURIEMO
A.C.I.MA. Entrevista a Escritora JÔ MENDONÇA ALCOFORADO
A.C.I.MA. Entrevista a Escritora VERA SALBEGO
A.C.I.MA. Entrevista a Escritora IZABELLA PAVESI
A.C.I.MA. Entrevista a Escritora SANDRA NASCIMENTO http://acimamandala.blogspot.it/2014/02/acima-entrevista-escritora-sandra.html
A.C.I.MA. Entrevista a Escritora ROGÉRIO ARAÚJO (ROFA) http://acimamandala.blogspot.it/2014/02/acima-entrevista-o-escritor-rogerio.html
A.C.I.MA. Entrevista a Escritora CRISTINA RAMOS
A.C.I.MA. Entrevista a Escritora TEREZINHA GUIMARÃES
A.C.I.MA. Entrevista a
Escritora MIRIAM DE SALES OLIVEIRA
|
E continua...
Se você é um artista brasileiro e deseja participar do Projeto “Vitrine do
Artista Brasileiro no Exterior”, escreva para:
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