A “A.C.I.MA.” – dando continuidade ao projeto de mapeamento dos
artistas e escritores brasileiros - “Vitrine do Artista Brasileiro no
Exterior”, iniciado em setembro de 2011, com entrevistas dirigidas inicialmente
para os artistas e escritores brasileiros residentes no exterior, dá início em
2013 ao segundo ciclo do projeto de entrevistas para a “Vitrine do Artista
Brasileiro” com os artistas e escritores associados A.C.I.MA., residentes no
Brasil, que contribuem para a divulgação e valorização da Arte & cultura brasileira
no exterior.
O projeto “Vitrine do Artista Brasileiro” da A.C.I.MA. abraça a arte
e a cultura dos povos migrantes em todas as suas formas e manifestações – sejam
elas, musicais, literárias, teatrais, artes plásticas, cinema, dança,
fotografia, folclore, enfim, todas as expressões artísticas brasileiras.
A.C.I.MA.
Entrevista a Escritora ELIANA MACHADO
“Vitrine do
Artista Brasileiro no Exterior”
A.C.I.MA. – Bem
vinda Eliana Machado! É uma honra tê-la conosco na "Vitrine do Artista
Brasileiro no Exterior". Primeiramente, gostaríamos de saber um pouco
sobre você: de onde vem, qual é a sua terra natal e onde vive atualmente? Além
da escrita, que trabalho ou hobby desenvolve?
E. M. – Meu nome
é Eliana Machado, sou brasileira, natural de São Paulo. Em 1993, ganhei uma
bolsa de estudos do Instituto de Cooperação Ibero-Americano (I.C.I.), de Madri,
e de lá me instalei em Nice, onde vivo atualmente. Sou professora de espanhol
em Mônaco, e meu hobby é a música: canto num grupo de pop rock.
A.C.I.MA. – Como
e quando se deu o seu primeiro contato com a escrita? Sobre qual tema você
escreve? De onde vêm as inspirações para suas obras literárias? Poderia nos
contar um pouco sobre seu processo criativo?
E. M. – Comecei
a escrever muito cedo. A lembrança que eu tenho remonta aos nove anos de idade,
quando a professora me ofereceu a tradução portuguesa de Le petit prince, como
prêmio pelo meu desempenho escolar. A partir daí comecei a escrever histórias.
A primeira exposição em público de um texto meu, no entanto, foi de um poema,
quando eu tinha quinze anos. Eu estava de férias, fora da cidade, quando a
minha melhor amiga foi atropelada e faleceu. Ao voltar, ela já havia sido
enterrada. Escrevi um poema dedicado a ela, e outra amiga o enviou para uma
rádio local, que o difundiu. A morte dela marcou a minha adolescência e
influenciou minha maneira de encarar a vida, determinando alguns traços na
minha escritura. A partir daí, alternei entre prosa e poesia.
Os meus temas
são bastante variados e de um livro para o outro podem mudar completamente.
Alguns poetas que leram certos poemas não puderam deixar de notar que há algo
de poeta maldita nas minhas produções. Porém, creio que em todos os meus livros
transparece um ser que tem os pés na terra e a cabeça no céu, quer dizer, um
eu-poético que vive e observa seu momento e que ao mesmo tempo indaga sobre
tudo o que possa existir e que os olhos humanos ainda não são capazes de ver,
sobre outras possibilidades de entender a vida no universo.
Não é cômodo
falar de processo criativo, talvez porque eu ainda não tenha terminado de
apreender o meu. Já parei algumas vezes para pensar em como ele acontece e pude
ter uma ideia preliminar sobre a questão. Posso terminar um livro em um mês ou
levar três anos para fazê-lo, como aconteceu com meus livros anteriores, e isso
não depende do número de páginas. Às vezes o escritor precisa continuar a
história e fica emperrado num lugar, no limbo dos escritores, digo eu, até que
a ideia salvadora decide tomar forma. Quanto a mim, sei que uma coisa é certa:
meus livros, uma vez começados, escrevem-se sozinhos; nesse âmbito eu só entro
como simples colaboradora, o veículo pelo qual eles veem a luz do dia. Algo
assim como uma espécie de barriga de aluguel.
A.C.I.MA. – Qual
foi a pessoa que primeiramente acreditou em seu talento? E qual outra linguagem
da Arte tem o seu interesse?
E. M. – Foi essa
amiga que difundiu meu poema na rádio — Cláudia Barbosa Nobre — e da qual
infelizmente perdi o contato desde então. Respondendo à sua segunda pergunta, a
outra linguagem é a música. Duas das canções tocadas pelo meu grupo são de
minha autoria. Uma delas em português (Vômero) e uma outra em francês
(Nénuphar).
A.C.I.MA. – O
que você acha ser imprescindível na criação de oportunidades para valorizar e
divulgar o trabalho dos escritores e artistas brasileiros no Brasil e no
exterior?
E. M. – Penso
que o governo brasileiro, por meio do Ministério da Cultura, deveria considerar
os artistas brasileiros ¾ principalmente os que vivem no exterior ¾ como os verdadeiros embaixadores “tupiniquins”;
são eles que fazem a propaganda do Brasil lá fora por intermédio de suas obras,
e muitas vezes com bastante sacrifício, investindo seus parcos meios
financeiros. Será que o Ministério da Cultura sabe quantos artistas como eu
existem fora do Brasil? Será que se interessa de alguma maneira pelo nosso
trabalho e pelas nossas vitórias no exterior?
O Ministério da
Cultura deveria investir nessa cultura que criamos fora do Brasil, porque se
trata de uma experiência muito rica que deve ser compartilhada. E, claro,
também criar e promover mais encontros culturais. Em 2015 o Brasil será o país
homenageado no Salão do Livro de Paris. Que Brasil? Só o Brasil que vive no
interior do território ou o que vive fora dele também? E nós, que vivemos fora,
como fazer para participar desse Salão?
Fica aqui a
minha mensagem à nossa ministra da Cultura, dona Marta Suplicy.
A.C.I.MA. – Na
sua opinião, qual é o maior obstáculo que encontra o escritor brasileiro para
ingressar no universo literário? Como você divulga o seu trabalho? Onde é
possível adquirir seus livros?
E. M. – Com a
internet, “ingressar” no universo literário é fácil, qualquer um pode divulgar
seus escritos pelas livrarias online. E hoje os autores são uma legião. Mas
essa é uma forma desumanizada de fazê-lo. Todo escritor precisa de um editor
sério, que faça o trabalho de edição de A a Z, como se deve, sem que o artista
tenha de desembolsar um só centavo. E esses profissionais não são suficientes
para tamanha oferta; na brecha, certos pseudoeditores se aproveitam da situação
e da credulidade daquele que quer ver seu livro publicado.
Eu divulgo os
meus livros pela internet, em livrarias online, em encontros literários e em
feiras e Salões do Livro. Os leitores podem adquirir meus livros diretamente
com meus editores, nas livrarias online, como a de Mônaco
(http://www.librairienumeriquemonaco.com), diretamente comigo, por intermédio
do meu e-mail (meugema@hotmail.com), ou quando visitam algum Salão do Livro.
A.C.I.MA. – Que
conselho daria a quem está dando os primeiros passos no universo literário?
E. M. – Eu diria
que não deve ter pressa em publicar. Um livro é como um vinho: é o resultado de
muitos anos de trabalho. Quando a uva é finalmente colhida, ainda faltam alguns
anos para que o precioso líquido seja degustado. E para iniciar todo esse
processo, é preciso se informar sobre as necessidades da vinha, sobre os
fatores de qualidade como o manejo, a fertilização, o rego e, claro, sobre o
mercado-alvo. Como é fácil de entender, não é um trabalho solitário, como
muitos poderiam imaginar.
A.C.I.MA. Qual é
a sua opinião sobre o momento “economicamente feliz” que o Brasil está
vivenciando atualmente? Segundo o seu ponto de vista, será duradouro? Qual é o
seu objetivo literário no momento?
E. M. – A
expressão “economicamente feliz” me surpreendeu. Talvez seja verdade para um
punhado de brasileiros da elite, mas não para a infinita maioria ¾ a massa da
sociedade brasileira ¾ , e temo que em ambos os casos essa situação ainda possa
durar muito.
O meu objetivo
literário prioritário no momento é encontrar um editor para a minha novela
Brasil: aventura interior.
A.C.I.MA. –
Poderia nos falar um pouco sobre suas obras, seu percurso e particularmente
sobre a experiência de divulgar suas obras no exterior?
E. M. –
Resume-se mais ou menos ao que disse anteriormente.
A.C.I.MA. –
Quantos livros você publicou? Pode nos deixar aqui uma breve bibliografia,
incluindo título, ano de publicação, tema e público-alvo? Em uma frase, a
mensagem de cada obra?
E. M. – Os
principais trabalhos são:
PROSA E POESIA
Succès intimes, Nice, Les Editions des Trois
Rivages, 2014. Língua francesa.
Apresentado no
Salão do Livro de Genebra, em 2014.
Prix du Meilleur
Auteur Étranger de L’Union de la Presse Francophone de Monaco 2014.
Trata-se de
trinta poemas curtos e ilustrados por Rogério Soud que contam um dia inteiro na
vida de uma família: pai, mãe, filho, filha e cachorrinho. Succès intimes foi
concebido como uma homenagem a todos os lares do mundo.
Locus brasilis, prólogo de Raúl Zurita, Peru,
Editora Mesa Redonda, 2012. Língua espanhola.
Apresentado na
17a Feira do Livro de Lima (FIL), em 2012.
Organizados em
três seções ¾ Locus solus, Locus terribilis e Locus eroticus ¾, os 33 poemas
convidam o leitor a viajar no tempo e no espaço, numa volta ao estado primitivo
no país dos Tupinambás, antes da chegada do Estrangeiro a Pindorama (como os
indígenas se referiam ao Brasil). Locus brasilis desvenda a história do retorno
impossível da filha pródiga.
Blanco en el blanco, prólogo de José Antonio
Mazzotti, Editora Scortecci, 2010. Língua espanhola.
Apresentado na
Livraria Martins Fontes, em São Paulo, em 2010. Obra que revela uma
“experiência desencantada e pessimista da vida, matizada por poemas amorosos de
uma sinceridade prístina” (Blanco en el blanco, prólogo de J. A. Mazzotti, p.
7.)
Conto publicado na revista Microcosmos, Rio de
Janeiro, Editora Guemanisse, mar. 2009:
Janela movediça,
p. 181-183.
Contos publicados no livro Elos e anelos:
contos e poesias, Rio de Janeiro, Editora Guemanisse, abr. 2008:
Página em
branco, p. 152-153.
Jardins
suspensos, p. 149-151.
Nephila
maculata, p.154-156.
PRÓLOGOS
1. “Expressões e
impressões”, Crônicas, cartas e trovas, Rio de Janeiro, Editora Guemanisse,
mar. 2011, p. 7-8.
2. “O desafio do
labirinto”, Das palavras, Rio de Janeiro, Editora Guemanisse, ago. 2010, p. 7-8.
3.
“Microcosmos”, Microcosmos, Rio de Janeiro, Editora Guemanisse, mar. 2009, p.
7-8.
4. “Dupla
mirada”, Elos e anelos, Rio de Janeiro, Editora Guemanisse, mar. 2008, p. 7-8.
TRADUÇÕES DO
PORTUGUÊS PARA O FRANCÊS
Tradução para o
francês dos romances do autor brasileiro Luiz Alfredo Garcia-Roza em
co-tradução com Valérie Lermite. São Paulo: Companhia das Letras; Arles:
Editora Hubert Nyssen Editeur.
2004 Le silence
de la pluie (título original: O silêncio da chuva), 290 p.
2005 Objets
Trouvés (título original: Achados e Perdidos), 303 p.
2006 Joyeux anniversaire, Gabriel (título
original: Vento Sudoeste), 292 p.
2008 Une fenêtre à Copacabana (título original:
Uma janela em Copacabana), 287 p.
A.C.I.MA. – Se
desejar, deixe-nos uma mensagem, frase, reflexão ou poema de sua autoria, por
favor!
E. M. – Vou lhes
deixar um poema em português e sua tradução. Li-o num recital na Maison de
l’Amérique Latine, em fevereiro deste ano.
E AGORA, MARIA?
Homenagem a um
dos maiores poetas de todos os tempos:
Carlos Drummond
de Andrade
“As estrelas
estão fechadas.
Volte outro dia”
Dizia o cartaz
no pé da serra.
O que fazer,
Maria?
E agora, Maria?
Sua roupa está
lavada
Sua casa
arrumada
E a comida
preparada
A mesa posta
A cama feita
O pó tirado
E sua alma...
Despedida.
E agora, Maria?
Se você
soubesse,
Se você
cantasse,
Se você
escrevesse
Uma comédia
musical
Para o teatro da
vida
Aquela que teve,
um dia.
E agora, Maria?
Você quer chorar
Mas as lágrimas
secaram
Você quer
gritar,
Gritar para quê?
Ninguém a ouve.
Você quer
morrer,
Mas o céu está
fechado.
Nem sequer você
tem escolha...
E agora, Maria?
E se você
trocasse de filosofia?
Vai, Maria, vai
pro Inferno.
E MAINTENANT,
MARIA?
À l’un de plus
grands poètes de tous les temps:
Carlos Drummond
de Andrade
“Les étoiles
sont éteintes.
Revenez plus
tard.”
Disait un
écriteau planté sur la colline.
Que faire,
Maria?
Et maintenant,
Maria?
Ton linge est
lavé,
Ta maison
rangée,
Et le repas est
prêt.
La table est
dressée,
Le lit est fait,
La poussière est
essuyée,
Et ton âme...
Renvoyée.
Et maintenant,
Maria?
Si tu buvais,
Si tu chantais,
Si tu écrivais
Une comédie
musicale
Pour le théâtre
de la vie,
Celle que tu as
eue, un jour.
Et maintenant,
Maria?
Tu veux pleurer
mais tes larmes ont séché.
Tu veux crier,
Crier pour quoi
faire?
Personne ne
t’entend.
Tu veux mourir,
Mais le ciel est
fermé.
Tu n’as même pas
le choix...
Et maintenant,
Maria?
Et si tu
changeais de philosophie?
Va, Maria, va en
Enfer!
***
RAPIDINHAS:
A.C.I.MA. – Uma
saudade?
E. M. –
Tantas... Minhas avós, minha amiga Rossana, minha cachorrinha Lili, meu pardal
Ouistini...
A.C.I.MA. – Um
sonho?
E. M. – Um mundo
vivendo na paz.
A.C.I.MA. – Um
lugar?
E. M. – Com a
minha pequena família.
A.C.I.MA. – Uma
música?
E. M. – Bolero,
de Ravel.
A.C.I.MA. – Uma
tristeza?
E. M. – O lado
mau do ser humano.
A.C.I.MA. – Um
barulho?
E. M. – Ondas do
mar batendo nas rochas.
A.C.I.MA. – Um
cheiro?
E. M. – Café.
A.C.I.MA. – Doce
ou salgado?
E. M. – Só
salgado.
A.C.I.MA. –
Destino ou casualidade?
E. M. – Ambos.
A.C.I.MA. –
Quente ou frio?
E. M. – Depende.
A.C.I.MA. – Seu
hobby?
E. M. – Cantar.
A.C.I.MA. –
Comida preferida?
E. M. – Arroz
com feijão e tabasco.
A.C.I.MA. – O
que ama?
E. M. – Ver as
pessoas felizes.
A.C.I.MA. – O
que não ama?
E. M. – O lado
mau e destrutor do ser humano.
A.C.I.MA. – Um
livro?
E. M. – Um só é
impossível. Grande Sertão: Veredas, Lluvia amarilla, Das Parfüm, La invención
de Morel e um de poesia: Canto general.
A.C.I.MA. – Um
filme?
E. M. – Um só?
Dadas as tristes circunstâncias (hoje soube da morte do ator Robin Williams),
indicaria uma comédia que nunca esquecerei: Madame Dobtfire.
A.C.I.MA. – Uma
homenagem?
E. M. – A este
ator multifacetado e profundamente humano: Robin Williams.
A.C.I.MA. –
Momento inesquecível?
E. M. – Bom ou
ruim? Bom, claro. São muitos, mas vou escolher um momento profissional. Eu
estava num Salão do Livro de Mônaco em maio deste ano e durante os discursos de
inauguração ouvi meu nome. A União da Imprensa Francófona de Mônaco me havia
dado o Prêmio de Melhor Autor Estrangeiro pelos meus livros em espanhol e
francês. É muito emocionante receber um prêmio no seu próprio país e quando
isso acontece no exterior a sensação é duplicada.
A.C.I.MA. – Três
coisas fundamentais para ser feliz?
E. M. – Semear
sim, para ter uma chance de colher algo no futuro, mas sempre pensando que a
terra não é obrigada a lhe dar os frutos que deseja. Se você plantar cerejas e
em seu lugar nascerem grumixamas, aprenda a apreciá-las e procure conseguir que
os outros possam ter a oportunidade de prová-las também.
Resumindo:
trabalhar, aprender a apreciar o que possuímos, o que a vida nos oferece e, em
terceiro lugar, compartilhar, intercambiar, porque se oferecemos algo a alguém,
muitas vezes o prazer de oferecer é maior do que o prazer de receber.
Facebook:
Escritora Eliana Machado
Se você é um artista brasileiro e deseja participar do Projeto “Vitrine do Artista Brasileiro no Exterior”, escreva para: associazionemandala@hotmail.com
www.acimamandala.com
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EXTERIOR
A.C.I.MA. entrevista o
escritora MARIANA BRASIL (ITÁLIA)http://acimamandala.blogspot.it/2014/08/a_19.html
|
BRASIL
A.C.I.MA.
Entrevista a escritora FLÁVIA ASSAIFE.
|
A.C.I.MA.
Entrevista o Escritor VALDECK ALMEIDA DE JESUS
|
A.C.I.MA.
Entrevista o Professor e Escritor FRANCISCO EVANDRO DE OLIVEIRA (Farick).
|
A.C.I.MA.
Entrevista a Escritora HEBE C. BOA-VIAGEM A. COSTA
|
A.C.I.MA.
Entrevista a Escritora GRECIANNY CARVALHO CORDEIRO
|
A.C.I.MA.
Entrevista a Escritora ANA CRISTINA COSTA SIQUEIRA
|
A.C.I.MA.
Entrevista a Escritora DULCE AURIEMO
|
A.C.I.MA.
Entrevista a Escritora JÔ MENDONÇA ALCOFORADO
|
A.C.I.MA.
Entrevista a Escritora VERA SALBEGO
|
A.C.I.MA.
Entrevista a Escritora IZABELLA PAVESI
|
A.C.I.MA.
Entrevista a Escritora SANDRA NASCIMENTO
|
A.C.I.MA.
Entrevista a Escritora ROGÉRIO ARAÚJO (ROFA)
|
A.C.I.MA.
Entrevista a Escritora CRISTINA RAMOS
|
A.C.I.MA.
Entrevista a Escritora TEREZINHA GUIMARÃES
|
A.C.I.MA.
Entrevista a Escritora MIRIAM DE SALES OLIVEIRA
|
A.C.I.MA.
Entrevista o Escritor IGOR BUYS
|
A.C.I.MA.
Entrevista o Escritor MARCO COUTO
|
A.C.I.MA.
Entrevista o Escritor MOGG MESTER
A.C.I.MA.
Entrevista o Escritor J.MARINS
http://acimamandala.blogspot.it/2014/04/acima-entrevista-o-escritor-j-marins.html
|
A.C.I.MA.
Entrevista a Escritora SILVIA BRUNO SECURATO
|
A.C.I.MA.
Entrevista a Escritora IRMA GALHARDO
|
A.C.I.MA.
entrevista a Escritora ANGELA DELGADO
|
A.C.I.MA.
entrevista a Escritora VERA LAURIA
|
A.C.I.MA.
entrevista o Escritor JOSE HILTON ROSA
|
A.C.I.MA.
entrevista a Escritora VILMARA BELLO
http://acimamandala.blogspot.it/2014/08/acima-entrevista-escritora-vilmara-bello.html
A.C.I.MA.
entrevista a Escritora ELIANA MACHADO
http://acimamandala.blogspot.it/2014/08/acima-entrevista-escritora-eliana.html
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E
CONTINUA...
E
CONTINUA...
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