Com imensa satisfação e profunda admiração, damos
sequência ao terceiro ciclo do projeto V.I.A.
– Vitrine
Internacional
A.C.I.MA.,
apresentando mais uma entrevista desta nova fase, que tem como protagonista o
escritor e pesquisador Dr. ENOCH DE
SIQUEIRA CAVALCANTI
NETO, uma mente
inquieta e sensível cuja trajetória reflete dedicação, conhecimento e amor pela
história e pela literatura. Esta edição vai além de um simples diálogo — é uma
celebração da palavra que ilumina, da escrita que preserva memórias e do poder
transformador da arte que ultrapassa fronteiras.
Em sintonia com as comemorações do Jubileu de Cristal da A.C.I.MA. Itália, que em 2026 completa 15 anos de atuação cultural internacional, retomamos com entusiasmo o projeto V.I.A., criado em 2011 com a missão de dar visibilidade a escritores, poetas, artistas e pensadores de todo o mundo. Nesta nova etapa, reafirmamos nosso compromisso de valorizar as vozes que inspiram e conectam culturas, promovendo a literatura como ponte viva entre o tempo, a memória e a humanidade.
1) A.C.I.MA. – Seja muito bem-vindo Dr. ENOCH DE
SIQUEIRA CAVALCANTI NETO à Vitrine Internacional A.C.I.MA.! Gostaríamos de
começar conhecendo você melhor. Conte-nos sobre suas origens: de onde vem, qual
sua terra natal e onde vive atualmente. Além da escrita, que paixões, trabalhos
ou hobbies fazem parte do seu cotidiano?
ENOCH DE SIQUEIRA C. N. – Eu nasci
em Manaus, capital do Estado do Amazonas, Brasil, e me criei na cidade de
Carauari, à margem esquerda do rio Juruá, afluente da margem esquerda do rio
Amazonas. Hoje vivo em Porto Velho, capital do Estado de Rondônia. A leitura me
faz escrever. Poesias, música e pesquisas históricas, fazem parte da minha
vida.
2) A.C.I.MA. – Como surgiu o seu primeiro contato com
a escrita? Quais temas despertam seu interesse e de onde vêm suas inspirações?
ENOCH DE SIQUEIRA C. N. – Minha inspiração para escrever meu livro
nasceu de uma visita ao Museu Nacional, localizado na Quinta da Boa Vista, no
Rio de Janeiro. Lá, fiquei fascinado ao me deparar com o esqueleto de uma
Preguiça Gigante pré-histórica, encontrada no antigo seringal Aquidabã, às
margens do rio Juruá. A partir desse encontro, algo despertou em mim — uma
curiosidade profunda e o desejo de resgatar essa história esquecida pelo tempo.
Decidi, então, perseguir esse propósito com dedicação: mergulhei em pesquisas locais e virtuais, adquiri livros antigos, raros e valiosos, e percorri sebos por todo o Brasil, em busca de fragmentos que me ajudassem a reconstruir essa narrativa fascinante. Foi assim que a inspiração se transformou em missão — e o livro, em uma ponte entre passado e presente.
3) A.C.I.MA. – Quem foi a primeira pessoa a acreditar
no seu talento? Além da literatura, quais outras formas de expressão artística
tocam sua alma ou você pratica?
ENOCH DE SIQUEIRA C. N. – A
primeira pessoa a acreditar em mim foi minha avó materna, Evânia Duarte Pinto.
Ela sempre dizia que eu tinha um dom especial e, com ternura e orgulho, me
chamava de “doutor Enoch”. Suas
palavras plantaram em mim a semente da confiança e do sonho. Foi ao seu lado, no
incentivo e nas visitas a museus e bibliotecas, que despertei para o encanto do
conhecimento e descobri o desejo de escrever, de registrar o mundo com meus
próprios olhos e transformar curiosidade em legado.
4) A.C.I.MA. – Na sua visão, qual é o papel do
escritor no mundo contemporâneo? Como podemos construir pontes entre culturas
através da palavra?
ENOCH DE SIQUEIRA C. N. – O papel do escritor é observar, pesquisar, analisar e registrar, para que não se percam na névoa do tempo as
contribuições das gerações que nos antecederam. A escrita é um ato de memória e
permanência. Acredito que a missão primordial do autor é retratar a vida em
suas múltiplas dimensões — seja ao descrever o cotidiano com sensibilidade,
seja ao investigar e recontar o passado, conectando-o ao presente. Assim, o
escritor se torna uma ponte entre o que foi, o que é e o que ainda pode ser.
5) A.C.I.MA. – Quais os
maiores obstáculos você acredita que um escritor encontra ao ingressar no
universo literário? Como você divulga suas obras e onde os leitores podem
encontrá-las?
ENOCH DE SIQUEIRA C. N. – O maior
obstáculo no mundo literário, especialmente no Brasil, ainda é o custo
financeiro. Publicar um livro exige investimento, e infelizmente, há uma
cultura reacionária que tende a valorizar apenas os autores já consagrados pela
mídia, deixando à margem tantos novos talentos que surgem todos os dias. Quanto
à divulgação, acredito que o caminho não seja o mais difícil — o verdadeiro
desafio está em conquistar leitores e convencê-los a adquirir as obras,
valorizando o trabalho do escritor independente e reconhecendo a literatura
como um bem essencial à nossa cultura.
6) A.C.I.MA. – Que mensagem ou conselho você daria a
quem está iniciando sua jornada literária e deseja transformar sonhos em
palavras?
ENOCH DE SIQUEIRA C. N. – Que não
desistam de seus sonhos. Transforme seus sentidos em letras.
7) A.C.I.MA. – Fale sobre suas obras e trajetória nacional
e além fronteiras, (se tiver). Como tem sido a experiência de levar seus
trabalhos para o exterior, especialmente com o apoio da A.C.I.MA. Itália?
ENOCH DE SIQUEIRA C. N. – Publicar
meu primeiro livro foi a realização de um grande sonho. Em minha trajetória
literária, tudo é aprendizado e crescimento. Meu propósito é divulgá-lo sempre
que possível, para que alcance cada vez mais leitores e inspire novas
reflexões. Sinto-me profundamente grato por poder contar com o apoio de
entidades e agremiações que acreditam na literatura e tornam possível cumprir
minha missão — e seguir adiante, fortalecendo meus trabalhos futuros.
8) A.C.I.MA. – Que legado você gostaria de deixar aos
seus leitores, familiares e às futuras gerações? Que mensagem deseja que sua
obra transmita ao mundo?
ENOCH DE SIQUEIRA C. N. – Desejo que minhas palavras se tornem um legado de fé, coragem, perseverança e verdade — um reflexo da alma que busca iluminar caminhos por meio da escrita. Quando eu já não estiver nesta vida terrena, quero ser lembrado como alguém que usou as letras como instrumentos de consciência, que acreditou no poder do conhecimento e contribuiu, com humildade e propósito, para combater a ignorância e semear luz onde havia escuridão.
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ENOCH DE
SIQUEIRA C. N. – Da minha
família na minha Carauari.
A.C.I.MA.
– Um sonho que ainda te move.
ENOCH DE
SIQUEIRA C. N. – Escrever livros
em sonetos, contos, romance história e autoajuda.
A.C.I.MA.
– Um lugar que marcou sua vida.
ENOCH DE
SIQUEIRA C. N. – A entrega do
Prêmio Internacional pela A.C.I.MA em junho passado, em São Paulo/2025.
A.C.I.MA.
– Uma música que toca sua alma.
ENOCH DE
SIQUEIRA C. N. – Quem me levará
sou eu, de Raimundo Fagner.
A.C.I.MA.
– Uma tristeza
que virou aprendizado.
ENOCH DE
SIQUEIRA C. N. – O alcoolismo
que na maioria das vezes quase/ou ceifa a vida.
A.C.I.MA.
– Um som que
traz boas memórias.
ENOCH DE
SIQUEIRA C. N. – Som da
Ave-Maria
A.C.I.MA.
– Um cheiro que
desperta lembranças.
ENOCH DE SIQUEIRA C. N. – Comidas Amazônicas, feitas por minha mãe.
A.C.I.MA.
– Doce ou
salgado?
ENOCH DE
SIQUEIRA C. N. – Salgado
A.C.I.MA.
– Destino ou
acaso?
ENOCH DE
SIQUEIRA C. N. – Não acredito em
nenhum. Acredito no trabalho.
A.C.I.MA.
– Quente ou
frio?
ENOCH DE
SIQUEIRA C. N. – Depende do
momento. Mas não gosto de frio.
A.C.I.MA.
– Seu hobby
favorito?
ENOCH DE
SIQUEIRA C. N. – Leitura e
música.
A.C.I.MA.
– Sua comida
preferida?
ENOCH DE
SIQUEIRA C. N. – Feijão com
arroz, salada e qualquer carne, frango ou peixe.
A.C.I.MA.
– O que você ama
profundamente?
ENOCH DE
SIQUEIRA C. N. – Minha família.
A.C.I.MA.
– O que você não
ama?
ENOCH DE
SIQUEIRA C. N. – Hipocrisia.
A.C.I.MA.
– Um livro que
mudou sua vida.
ENOCH DE
SIQUEIRA C. N. – O meu: Geografia
Histórica de Carauary do Yuruá: 130
anos de mudança socioeconômica, territorial e ambiental.
A.C.I.MA.
– Um filme inesquecível.
ENOCH DE
SIQUEIRA C. N. – Doutor Jivago.
A.C.I.MA.
– Uma homenagem
que gostaria de prestar ou receber?
ENOCH DE
SIQUEIRA C. N. – Receber, é de
alguém. Prestar, ao meu irmão falecido recentemente.
A.C.I.MA.
– Um momento que
guardará para sempre?
ENOCH DE
SIQUEIRA C. N. – A colação de
Ensino Superior em Geografia pela Universidade Federal de Rondônia.
A.C.I.MA.
– Três elementos
fundamentais para ser feliz?
ENOCH DE SIQUEIRA C. N. – Paixão naquilo que faz; Foco nas tarefas; Ser verdadeiro.
A.C.I.MA.
ITÁLIA
A.C.I.MA.
– Gratidão Dr.
ENOCH DE SIQUEIRA CAVALCANTI NETO por
sua trajetória inspiradora e comprometida com a verdade, o conhecimento e a
força da palavra. É uma honra tê-lo entre os autores que elevam a literatura
lusófona além do tempo e das fronteiras.
Sonia Miquelin
A.C.I.MA.
ITÁLIA










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