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lunedì 17 marzo 2014

A.C.I.MA. entrevista o escritor IGOR BUYS - “Vitrine do Artista Brasileiro no Exterior”



A.C.I.MA.” – dando continuidade ao projeto de mapeamento dos artistas e escritores brasileiros - “Vitrine do Artista Brasileiro no Exterior”, iniciado em setembro de 2011, com entrevistas dirigidas inicialmente para os artistas e escritores brasileiros residentes no exterior, dá início ao segundo ciclo do projeto de entrevistas para a “Vitrine do Artista Brasileiro”, com os artistas e escritores associados A.C.I.MA., residentes no Brasil, que contribuem para a divulgação e valorização da Arte & cultura brasileira no exterior.
O projeto “Vitrine do Artista Brasileiro” da A.C.I.MA. abraça a arte e a cultura dos povos migrantes em todas as suas formas e manifestações – sejam elas, musicais, literárias, teatrais, artes plásticas, cinema, dança, fotografia, folclore, enfim, todas as expressões artísticas brasileiras.


A.C.I.MA. entrevista o escritor IGOR BUYS
 “Vitrine do Artista Brasileiro no Exterior”


A.C.I.MA. – Bem vindo IGOR BUYS! Primeiramente, gostaríamos de saber um pouco sobre você: de onde vem, qual sua terra natal? Onde vive atualmente? Além da escrita, que trabalho ou hobby desenvolve?

I. B. – Eu sou carioca e um bicho do Rio. Vivo e vivi aqui, na Cidade Maravilhosa, a grande maior parte da minha vida. O Rio de Janeiro é o meu cenário e o pano de fundo de toda a minha construção. Ou autoconstrução. Ou autodeterminação, melhor ainda. Vivi também Pendotiba, área semi-rural de Niterói, local que adoro; e na zonal rural do Estado do Rio, numa chácara (porque amo ruralidade). Mas nunca me afastei muito da cidade do Rio. Não obstante, penso em viver na Europa, em Amsterdã, terra dos meus antepassados, os Buys, ou na Europa mediterrânea.
Quanto a passatempos, não os tenho. O que faço é o oposto de me entreter com o que ajude a passar o tempo. Procuro me envolver com o que faça permanecer o Ilimitado de mim, i.e., as minhas emoções, os meus sentimentos, agregado ao fluxo do tempo, e, ao mesmo passo, resistindo a esse fluxo. Isso é uma quimera, sem dúvida. Um devaneio de Sísifo. Mas, por outro lado, é, também, um impulso humano básico, creio, e o que, inclusive, me leva a escrever.

A.C.I.MA. – Como e quando se dá o seu primeiro contato com a escrita? Sobre qual tema você escreve? De onde vem as inspirações para suas obras literárias? Poderia nos contar um pouco sobre seu processo criativo?
 
I. B. – Comecei a escrever aos dezoito anos e meio, após ler os estudos de Décio Pignatari sobre literatura e semiótica. Até então, tudo indicava que me dedicaria às artes plásticas, pois passei a infância e um pouco dessa primeira juventude desenhando. Entanto, mais ou menos, como o personagem “Forrest Gump”, quando pára de correr, eu, de repente, parei de desenhar. Só parei. Virei às costas e declarei: chega disso; agora vou escrever.
E as primeiras coisas que rabisco são poesias que guardam alguma relação com as artes plásticas, na medida em que usam e abusam de uma escrita — ideográfica. Nessa fase, criei uma forma que chamei de — acróstico ideográfico, e que marcou o período. 
 

A.C.I.MA. –  Qual foi a pessoa que primeiramente acreditou em seu talento? E qual outra linguagem da Arte tem o seu interesse? 
 
I. B. – Eu mesmo acreditava bastante, quando comecei a escrever poesias. Pensava, sempre, em levar meus versos para o Drummond e, quando ele desapareceu, em dezessete de agosto de mil novecentos e oitenta e sete, data que nunca me esqueceria..., me senti uma espécie de órfão. E achei que a poesia em si tinha morrido. Não havia mais ninguém. De primeira grandeza, pelo menos... Ninguém entenderia o que eu fazia.
Hoje, as pessoas que acreditam no trabalho e que são essenciais para mim são as que têm parceria comigo. A começar pela minha agente, Diana Lima, que é meu anjo da guarda. Com ela, posso ser direto, integral; temperamental, às vezes, e ela decodifica tudo isso por mim, assimila, e media em relação ao mundo. Através da Diana, chegou a mim a Marina, da Vitrine Cultural, que faz o trabalho de gerente de mídias, cuida de todo o marketing para nós, outro anjo. E veio a parceria com a editora Scortecci, que é uma senhora empresa e eu estou muito satisfeito com esse selo na capa do meu livro.


A.C.I.MA. – O que você acha que seria prioritário fazer para criar oportunidades para valorizar e divulgar o trabalho dos escritores e artistas brasileiros no Brasil e no exterior? 

I. B. – Eu não penso sobre mercado (literário...). Escrevi, há pouco tempo, no meu blogue — a propósito, inclusive, dos que censuram os escritores brasileiros por publicarem no exterior —, que a substituição do crítico literário pelo crítico de mercado (literário...) é um fenômeno bizarro. E desastroso. Mas quem iria fazer filologia de trabalhos comerciais; não é? O que sobra para comentar ali, a não ser: se aquilo vende ou não vende; como está ou não está para as leis do mercado?
O Estado deve ser parceiro das iniciativas privadas. Hoje, vejo isso com muita clareza. E convicção. Quando os governos progressistas do Brasil começaram a trabalhar com regimes de concessão, estive entre aqueles que se perguntaram: o que é isso, privatização? Mas estava errado, então: o regime de concessão e qualquer outro em que o Estado entre como parceiro da iniciativa privada — mantendo-se como “o dono da bola” — é o caminho. Isso está no anarcossocialismo de Proudhon, por exemplo, que propunha o Banco do Povo e o Banco do Câmbio: duas entidades públicas, a darem suporte às iniciativas privadas. O Brasil será, em pouco tempo, seguindo as políticas que segue na atualidade, uma Suécia de dimensões continentais — algo nunca visto na História, até aqui; e não pode haver melhor parceiro para os escritores que esse.

A.C.I.MA. – Na sua opinião, qual o maior obstáculo que encontra o escritor brasileiro para ingressar no universo literário? Como você divulga o seu trabalho? Onde é possível adquirir seus livros?
 
I. B. – Eu sou contra a construção do estereótipo do “escritor-espetáculo” como a única via para o êxito em fazer chegar a criação literária ao público. Essa concepção é exacerbadamente liberal-capitalista e inserida, pela mão dos críticos de mercado (literário...), já citados, no processo de mercantilização da literatura, que a torna, em essência e primordialmente: uma mercadoria. Claro: se alguém é, cumulativamente, um escritor e um artista de palco, ótimo: pois que faça uso inteligente dessa dualidade, não apenas para “vender seu peixe”, com palestras vazias e etc., mas para chegar às pessoas. O maior obstáculo é essa concepção; nem é a suposta falta de dinheiro, pois o País cresce, a erradicação da miséria e da exclusão social são as metas centrais do Brasil de hoje, e estamos lindamente adiantados nesse processo. Quando os escritores começarem a pretender e reivindicar parcerias com o poder público para terem visibilidade, verba, apoio cultural, da noite para o dia, obterão o de que necessitam.
O meu livro “Versos Íncubos” será lançado em breve e eu estarei no estande da Scortecci, na Bienal de São Paulo 2014, a se realizar entre 22 e 31 de agosto, autografando exemplares.

A.C.I.MA. – Que conselho daria a quem está dando os primeiros passos no universo literário?
 
Não tenho condição alguma de dar conselhos a ninguém sobre carreira, sobre mercado... enfim, nada disso; sair por aí dando palestras sobre como fazer sucesso com literatura, por exemplo, passa a anos-luz das minhas pretensões. Tanto neste momento, como depois de algum eventual êxito.
Quem já pode montar uma boa equipe, mesmo sem a parceria ideal, que seria com o poder público, talvez deva procurar, primeiro, um agente literário. E, a partir daí, não entregar nas mãos de uma editora toda a responsabilidade pela divulgação do seu trabalho. Buscar boas parcerias, diversificadas, no País e na Mãe Europa também, esse é o caminho por que tenho optado, e em que estou, particularmente, apostando.

A.C.I.MA. – Qual sua opinião sobre o momento economicamente feliz que o Brasil está vivenciando atualmente? Segundo seu ponto de vista será duradouro? Qual é o seu objetivo literário no momento?
 
Há uma tentativa importante de sabotar o momento política, social e economicamente feliz que o País vive. Essa tentativa é parte do esforço do colonialismo no sentido de conter o processo de multipolarização do mundo. E com esse esforço, essa Segunda Guerra Fria, vêm os Black Blocs, o Anonymous, entre outras facções de ultradireita, de características fascistas nítidas, formadas por mercenários e por jovens doentes, utilizados como inocentes úteis. Mas eu creio que o Brasil está forte o bastante para dar cabo do golpismo, da sabotagem e continuar cumprindo as suas metas.
Meu projeto é lançar o meu nome, primeiro, como poeta e, mais adiante, talvez, a partir de 2016, como ensaísta. E, como ensaísta, tenho a tendência de desenvolver mais profundamente alguns dos temas abordados nesta entrevista.


A.C.I.MA. – Poderia nos falar um pouco sobre suas obras, seu percurso, e particularmente sobre a experiência de divulgar suas obras no exterior?

I. B. – Publiquei, em 1999, um livro de poesias de juventude, escritas, na sua larga maioria, entre os dezoito e os vinte e cinco anos. O livro leva o título “Manelo de Áscuas”, e pode ser encontrado em sebos. Nos meus textos de juventude, conversamos já, predomina aquela escrita ideográfica, que passa ao largo do código fonético-gramatical, produzindo signos de semelhança (e — participação, no sentido platônico) com as coisas mesmas representadas. Essa categoria de signos, em Pierce, é chamada de ícone.
Os ícones ideográficos continuam presentes, em alguma medida, nos textos que compilei para a construção de “Versos Íncubos”. Entanto, nesta obra, é central a poesia que, num momento de autocrítica, acabei definindo como — fantástica, em alusão a William Blake. Trata-se de uma poesia muito sexual e, por vezes, apaixonada, que tem como tônica a tentativa do eu-lírico de sugestionar a bem-amada a perceber sua presença sensorialmente, por essa via, envolvê-la e, mesmo, — tocá-la, alterando a química do seu sangue, se corporificando dentro dela.
Num próximo livro de poesias, devo fazer uma síntese entre esses dois momentos da minha trajetória, que envolvem processos bem distintos — a primeira é uma poesia cerebral; a segunda, uma poesia de transbordamento e sucessivas revisões.
[Creio que já falei sobre o engajamento para divulgar o meu trabalho no exterior; não?].

A.C.I.MA. – Quantos livros você publicou? Pode nos deixar aqui uma bibliografia (título/Ano de publicação/ Tema e público alvo/ Em uma frase a mensagem de cada obra.

I. B. – Citei, acima, “Manelo de Áscuas”, que talvez, republique com o longo título “MANELO DE ÁSCUAS e mais alguma poesia — Versos do jovem Igor Buys”. Nesse trabalho, revisaria tudo que fiz naquela minha primeira fase poética, do jovem Igor Buys — figura, hoje, “alterizada” e intrigante para mim... — e tentaria trazer à tona alguma novidade.
Fora isso, publiquei, de brincadeira, em e-book, um texto de fantasia e tive uma participação em antologia de contos, dada como prêmio num concurso internacional, também de literatura fantástica. Mas a literatura fantástica a que me dei, até hoje, foi marcada por alusões a pessoas e fatos, com a intenção de conter, desde “cantadas” singelas, até vinganças pessoais e algo cruéis — eu não faço questão de ser bonzinho, só honrado — por meio da letra. E, em razão disso, a chamo de — minha literatura menor, ou minha literatura parda.

A.C.I.MA. –  Se desejar deixe-nos uma mensagem, frase, reflexão ou poesia de sua autoria, por favor!

I. B. – Deixo a ligação para a entrevista que dei à Vitrine Cultural, recentemente, em que falo mais sobre o livro “Versos Íncubos” — aqui, quis aproveitar os ganchos para ser mais político: http://blogdavitrinecultural.blogspot.com.br/2014/03/entrevista-com-o-escritor-igor-buys.html .
E, também, o booktrailer desse mesmo livro: https://www.youtube.com/watch?v=CgdEfNYfOOo .

RAPIDINHAS:

A.C.I.MA. – Uma saudade?
I. B. – A poesia do jovem Igor Buys.
A.C.I.MA. – Um sonho?
I. B. – Uma Suécia de dimensões continentais...
A.C.I.MA. – Um lugar?
I. B. – Brasil. Acima de tudo.
A.C.I.MA. – Uma música?
I. B. – A do momento, contida no booktrailer de “Versos Íncubos”: a dita “Sonata ao Luar”, de Beethoven.
A.C.I.MA. – Uma tristeza?
I. B. – Esqueci de todas, faz muito tempo.
A.C.I.MA. – Um barulho?
I. B. – Pés descalços — femininos, para ser sustenido... —, ligeiramente úmidos sobre o assoalho.
A.C.I.MA. – Um cheiro?
I. B. – De chá preto cru.
A.C.I.MA. – Doce ou salgado?
I. B. – Doces as pessoas; de sal a comida.
A.C.I.MA. – Destino ou casualidade?
I. B. – Destino. Não existe casualidade.
A.C.I.MA. – Quente ou frio?
I. B. – Frio.
A.C.I.MA. – Seu hobby?
I. B. – Não busco passatempos, mas ausência de limites temporais.
A.C.I.MA. – Comida preferida?
I. B. – Sushi.
A.C.I.MA. – O que ama?
I. B. – Eu sou (ou passo a ser) tudo aquilo que eu amo, e tudo aquilo que eu não amo e tem lugar em mim é o meu Oponente.
A.C.I.MA. – O que não ama?
I. B. – Idem.
A.C.I.MA. – Um livro?
I. B. – A “Crítica da Razão Pura”, de Kant, ainda é “A Bíblia”, o primeiro passo para pensar a totalidade.
A.C.I.MA. – Um filme?
I. B. – Recentemente, revi “A Navalha na Carne”, de 1969: tremendo.
A.C.I.MA. – Uma homenagem?
I. B. – À presidenta Dilma Rousseff e a Camila Vallejo, empossada deputada, no Chile, esta semana.
A.C.I.MA. – Momento inesquecível?
I. B. – Todos aqueles em que injetamos o Ilimitado de nós.
A.C.I.MA. – Três coisas fundamentarias para ser feliz?
I. B. – Só uma: autodeterminação. Tanto para indivíduos naturais, ou físicos, como para individuais culturais, ou nações.

 



Blogue de ensaios e notas: http://ensaiosde-igorbuys.blogspot.com.br/





A.C.I.MA. – Muito obrigada IGOR BUYS. È uma honra tê-lo conosco. Parabéns pelo seu lindo trabalho! Sucesso sempre!



A.C.I.MA. - Conectando Mentes & Culturas!

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Para ter acesso as entrevistas e conhecer melhor essa geração fantástica de artistas e escritores que, com Cores & Letras, estão escrevendo a nossa história, clique nos links abaixo. Boa leitura.


    EXTERIOR

A.C.I.M.A entrevista GEOVANA CLÈA ( Itàlia)
A.C.I.M.A entrevista ANA MIQUELIN ( Itàlia)
A.C.I.MA. entrevista FÁTIMA FREITAS (Suíça)
A.C.I.MA. entrevista MARA PARRELA (Holanda)
A.C.I.MA. entrevista LÚCIA AMELIA BRÜLLHARDT   (Suíça)
A.C.I.MA. entrevista MARCOS BORGES (Dinamarca)
 
http://acimamandala.blogspot.it/2012/03/acima-entrevista-marcos-borges.html
A.C.I.MA. entrevista JOSANE MARY AMORIM (Holanda)
A.C.I.MA. entrevista ROSENI KURÀNYI (Alemanha)
A.C.I.MA. entrevista JACILENE BRATAAS (Noruega)
A.C.I.MA. entrevista ALEXANDRA MAGALHÃES ZEINER (Alemanha)
A.C.I.MA. entrevista EVANDRO RAIZ RIBEIRO (Japão)
A.C.I.MA. entrevista a escritora ROSEMARY MANTOVANI (Itália)
A.C.I.MA. entrevista a escritora KARINA MARTINELLI (Irlanda)
A.C.I.MA. entrevista a escritora BETI ROZEN (EUA)
A.C.I.MA. entrevista a escritora LIGIA BRAZ (ALEMANHA)
A.C.I.MA. entrevista o escritor Sérgio, BEIJA-FLOR-POETA (ALEMANHA)
A.C.I.MA. entrevista o escritora NELSI EMILIA TORRES STOCKER (Suíça)
A.C.I.MA. Entrevista a Escritor ANTONIO SALVADOR (Alemanha)


BRASIL


A.C.I.MA. Entrevista a escritora FLÁVIA ASSAIFE.
A.C.I.MA. Entrevista o  Escritor  VALDECK ALMEIDA DE JESUS
A.C.I.MA. Entrevista o Professor e Escritor FRANCISCO EVANDRO DE OLIVEIRA (Farick). 
A.C.I.MA. Entrevista a  Escritora   HEBE C. BOA-VIAGEM A. COSTA http://acimamandala.blogspot.it/2013/12/acima-entrevista-hebe-c-boa-viagem-costa.html
A.C.I.MA. Entrevista a  Escritora   GRECIANNY CARVALHO CORDEIRO
A.C.I.MA. Entrevista a  Escritora   ANA CRISTINA COSTA SIQUEIRA
A.C.I.MA. Entrevista a Escritora DULCE AURIEMO
A.C.I.MA. Entrevista a Escritora JÔ MENDONÇA ALCOFORADO
A.C.I.MA. Entrevista a Escritora VERA SALBEGO
A.C.I.MA. Entrevista a Escritora IZABELLA PAVESI
A.C.I.MA. Entrevista a Escritora SANDRA NASCIMENTO http://acimamandala.blogspot.it/2014/02/acima-entrevista-escritora-sandra.html
A.C.I.MA. Entrevista a Escritora ROGÉRIO ARAÚJO (ROFA)  http://acimamandala.blogspot.it/2014/02/acima-entrevista-o-escritor-rogerio.html
A.C.I.MA. Entrevista a Escritora CRISTINA RAMOS
A.C.I.MA. Entrevista a Escritora TEREZINHA GUIMARÃES 
A.C.I.MA. Entrevista a Escritora MIRIAM DE SALES OLIVEIRA
A.C.I.MA. Entrevista a Escritora IGOR BUYS



E continua...
 
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