A.C.I.MA. Entrevista o escritor ROGÉRIO ARAÚJO (ROFA)

A “A.C.I.MA.” – dando continuidade ao projeto de mapeamento dos artistas e escritores brasileiros - “Vitrine do Artista Brasileiro no Exterior”, iniciado em setembro de 2011, com entrevistas dirigidas inicialmente para os artistas e escritores brasileiros residentes no exterior, dá início ao segundo ciclo do projeto de entrevistas para a “Vitrine do Artista Brasileiro”, com os artistas e escritores associados A.C.I.MA. que contribuem para a divulgação e valorização da Arte & cultura brasileira no exterior.

O projeto “Vitrine do Artista Brasileiro” da A.C.I.MA. abraça a arte e a cultura dos povos migrantes em todas as suas formas e manifestações – sejam elas, musicais, literárias, teatrais, artes plásticas, cinema, dança, fotografia, folclore, enfim, todas as expressões artísticas brasileiras.

A.C.I.MA. Entrevista o escritor ROGÉRIO ARAÚJO (ROFA)!

A.C.I.MA – Bem vindo ROGÉRIO ARAÚJO (ROFA) à “Vitrine do Artista Brasileiro! Primeiramente, gostaríamos de saber um pouco sobre você: de onde vem, qual sua terra natal? Onde vive atualmente? Além da escrita, que trabalho ou hobby desenvolve?

ROFA – Eu nasci na cidade de Niterói, Rio de Janeiro. Moro desde que nasci na cidade vizinha de São Gonçalo, RJ. Escrevo desde criança, quando fazia até estórias em quadrinhos, hoje em dia sou escritor e realizo meu dom na vida. Sou funcionário público, na área de saúde na cidade onde moro. Hobby? Viajar... adorooooo!

A.C.I.MA – Como e quando se dá o seu primeiro contato com a escrita? Sobre qual tema você escreve? De onde vem as inspirações para suas obras literárias? Poderia nos contar um pouco sobre seu processo criativo?

ROFA – Escrevo desde criança, mas, profissionalmente desde 2003. Iniciei com temas religiosos, como evangélico que sou, colaborei com revistas de estudos - escrevendo sobre temas em torno disso, comunicação, e também sobre vida cotidiana, etc. Na verdade, hoje em dia escrevo variados gêneros: crônicas, contos e poesias. As inspirações vêm de observações feitas em todo e qualquer lugar, pensamentos que vêm à mente e que são pertinentes e polêmicos para a vida na sociedade. Antes, quando iniciei, escrever não era fácil, as ideias e inspirações não brotavam assim com facilidade. Hoje, pela experiência e perseverança, os textos fluem naturalmente, aprendi na prática a identificar minha voz narrativa e transcrever rápido tudo o que imagino, mesmo os temas e questões mais complicadas ou delicadas, confesso que a emoção é grande ao ver as ideias se materializarem no papel em branco, transformando-se magistralmente para um bem cheio... Digamos que escrevo sobre variados temas com facilidade (risos).

A.C.I.MA – Qual foi a pessoa que primeiramente acreditou em seu talento? E qual outra linguagem da Arte tem o seu interesse?

ROFA – A família às vezes gosta, mas não acredita muito (risos). Quando iniciei como autor de estudos evangélicos de revistas de estudos para jovens, o pastor de minha igreja, Valtair, me incentivou. Fiquei uns tempos nesta revista, sendo convidado para outras, até escrever meu primeiro livro, “Mídia, bênção ou maldição?”, e apresentar às editoras evangélicas. A maioria sequer respondeu. Depois, surgiram outras que apresentei e uma me propôs lançar na Bienal do Rio de Janeiro, em 2011 e aceitei. De lá para cá, tudo vem acontecendo em minha carreira. A linguagem artística principal que desperta meu interesse é a literatura, a escrita, embora seja um admirador da pintura, mesmo não tendo talento para isso. Observo o universo artístico em geral, inspirando-me em tudo que pode se transformar numa crônica, poesia ou conto. Interpretando e multiplicando a arte em si.

A.C.I.MA – O que você acha que seria prioritário fazer para criar oportunidades para valorizar e divulgar o trabalho dos escritores e artistas brasileiros no Brasil e no exterior?

ROFA – Eu tenho exposto bastante meu trabalho, participando de diversos eventos literários e culturais. Às vezes participo com meu livro de feiras até internacionais, por representação, sem estar presente, porque também serei visto pela minha obra, que aliás, viaja mais do que eu (risos). É ótimo para currículo literário. Mas, o sonho de um dia estar pessoalmente em outro país junto com meu livro é muito grande.... poder mostrar que sou um brasileiro que escrevo para emocionar, chamar a atenção e divertir, é muito gratificante.

A.C.I.MA – Na sua opinião, qual o maior obstáculo que encontra o escritor brasileiro para ingressar no universo literário? Como você divulga o seu trabalho? Onde é possível adquirir seus livros?

ROFA – O maior obstáculo é a distribuição de livros que não ajudam muito. São precárias. As editoras, muitas vezes, querem ganhar para produzir seu livro, mas não o distribuem, impossibilitadas pelo sistema fechado atualmente existente nesse setor. Nem quando você é reconhecido com prêmios literários e culturais elas se importam. A vida de escritor, ainda mais no Brasil, é complicadíssima. Eu divulgo meu livro pelas redes sociais, entrevistas que já dei em rádios, televisão e jornais impressos. Nos eventos que vou também e em outros que envio a obra. E em antologias que servem para que eu, como coautor, seja mais conhecido pelo nome e textos. Para adquirir meu livro tem a opção de entrar em contato direto comigo rofa.escritor@gmail.com ou no site da editora. Poucas opções infelizmente prejudicam muito a divulgação.

A.C.I.MA – Que conselho daria à quem esta dando os primeiros passos no universo literário?

ROFA – Escreva e não desanime jamais. Mesmo com tanta competição, há espaço para todos. Cada um é cada um. Mesmo que um texto seja até parecido com o de outro, não são iguais. A emoção é diferente, o jeito de expor as ideias também. Se não for reconhecido inicialmente, vai comendo pelas beiradas, aos poucos, e entre em eventos, antologias com vários autores, que chega lá. No Brasil, o mercado é fechadíssimo. Meia dúzia dominam tudo e ganham dinheiro com literatura, e os outros que até podem escrever melhor ficam lutando, trabalhando... Devem insistir porque: Escrever é um dom, e não pode ser desperdiçado nunca.

A.C.I.MA – Qual sua opinião sobre o momento “economicamente feliz” que o Brasil está vivenciando atualmente? Segundo seu ponto de vista será duradouro? Qual é o seu objetivo literário no momento?

ROFA – O Brasil passa sim por um “momento economicamente feliz”, pelo menos parece que é visto assim, mas nem por isso é fácil. Ele de repente pode se transformar num outro nem tão feliz assim. Por isso que devemos identificar conscientemente nosso objetivo e focar nas iniciativas de setor que mais visibilidade podem nos oferecer no mundo literário, pois os investimentos são necessários na própria carreira, principalmente o tempo, e, lógico, financeiros. O meu objetivo literário é ser mais reconhecido, hoje meu nome é observado com frequência numa pesquisa no Google, por exemplo, desejo lançar mais livros solos, fora as antologias nacionais e internacionais que já participei e ainda serão lançados em 2014.

A.C.I.MA – Poderia nos falar um pouco sobre suas obras, seu percurso, e particularmente sobre a experiência de divulgar seus textos, suas obras no exterior?

ROFA – Tenho por enquanto apenas uma obra solo: “Mídia, bênção ou maldição?”, que fala sobre os prós e contras da mídia nos dias atuais: televisão, rádio, jornal e revista, internet, cinema e propaganda. Tem uma introdução com a origem de cada mídia e encerra-se dizendo porque é benção ou maldição. Tudo com práticos exemplos vistos na atualidade. Este livro, após ser lançado em 2011 na XV Bienal do Livro do Rio de Janeiro, recebeu o prêmio Interarte – melhor documentário religioso da ALG – Academia de Letras de Goiás, onde fui pessoalmente recebê-lo. Depois esta obra foi lançada na VII Fripoços, em Poços de Caldas (2012), com a minha presença, participou do Salão de Livros e Imprensa de Genebra (2012), Expo América, em Nova York, EUA (2012) e, mais recentemente, da Feira de Frankfurt (2013).

No exterior, sou coautor de “Vozes & Voci” (Edizioni Mandala, 2012) e “Persieri in Parole” (Edizioni Mandala, 2013), ambos bilíngue: português e italiano, lançado na Itália e no Brasil, dentre outras antologias de sucesso nacional e internacional, em outros idiomas como espanhol, inglês e alemão. É uma experiência sublime ver um texto meu em outro idioma. Muito gratificante mesmo. Parece até que é algo diferente e ainda por cima ser lido por outros povos que não o brasileiro. Ótimo e fico lisonjeado.

A.C.I.MA – Quantos livros você publicou? Pode nos deixar aqui uma bibliografia (título/Ano de publicação/ Tema e público alvo/ Em uma frase a mensagem de cada obra).

ROFA – “Mídia, bênção ou maldição?”, lançado em 2011, na XV Bienal do Livro do Rio de Janeiro, Quártica Premium/Litteris Editora. O público-alvo é o cristão, e à todos aqueles que creem que muitas artimanhas do mundo são contra os propósitos de Deus, mas, pelo tema e a reflexão social proposta, é bastante apreciado pelo amantes da comunicação e os formados na área, ou não. A juventude, a família e as crianças são as mais afetadas pela mídia na sociedade atual.

Será a mídia bênção ou maldição em nossas vidas? Faz bem ou mal à nossa sociedade? Veja no livro “Mídia, bênção ou maldição?” e reflita sobre o assunto.

Tenho participação em mais de 20 antologias com textos de gêneros variados: crônicas (a maioria do que escrevo), contos (adoro, mas escrevi pouco, embora tenha conquistado o 3º lugar num Festival de Conto no Estado do Rio de Janeiro) e poesias (poucas e sobre temas emocionantes que tenho aprendido a escrever).

Rogério Araújo (Rofa): escritor, jornalista, pesquisador, graduado em Propaganda e Marketing, especialista em Leitura e Produção Textual, bacharel em educação - teologia cristã; autor do livro “Mídia, bênção ou maldição?” (Quártica Premium/Litteris Editora), lançado na XV Bienal Internacional do Livro no RJ (2011) e vencedor do Prêmio Interarte – melhor documentário religioso – pela Academia de Letras de Goiás (ALG), também relançado no Salão de Imprensa e do Livro de Genebra, Suíça (2012), na Expo America, em Nova York (2012) e na Feira de Frankfurt, Alemanha (2013); coautor de diversas antologias no Brasil e no exterior, como “Pensieri in Parole” (2013) e “Vozes e Voci” (2012), ambas da Edizioni Mandala, promovida pela A.C.I.M.A. (Associazione Culturale Internazionale Mandala, Itália), lançado na Flipoços, em Poços de Caldas, Minas Gerais e Argentina; coautor de “A era das palavras” (2012), Antologia Internacional MultiAcadêmica, organização da ALB/Seccional Suíça; comendador da ABD – Associação Brasileira de Desenho e Artes Visuais e da ALG; acadêmico efetivo, correspondente e honorário de acadêmicas de letras e artes brasileiras (RJ: Niterói, Cabo Frio, Arraial do Cabo, Búzios; Minas Gerais, Espírito Santo, Ceará e Goiás) e internacionais (Suíça, Itália, Argentina, Chile e Portugal); delegado cultural para a cidade de São Gonçalo/RJ da FEBACLA – Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes e da CONINTER – Conselho Internacional dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes; recebeu diversas comendas e prêmios culturais locais, nacionais e no exterior. Facebook: Rofa Rogerio Araujo; Contato: rofa.escritor@gmail.com

A.C.I.MA – Se desejar deixe-nos uma mensagem, frase, reflexão ou poesia de sua autoria por favor!

ROFA – “Quando os nossos sonhos sincronizarem com os de Deus veremos sua glória em nosso viver com o maior privilégio do mundo: ser canais de bênçãos por onde passamos e ver a Sua obra realizada. Ao desenvolver o DOM que Ele nos deu, seremos bem mais felizes nesta vida.” (ROFA)

Rapidinhas:

A.C.I.MA –Uma saudade?

ROFA – De minha avó materna Carola, que faleceu em 2013, minha conselheira, incentivadora e admiradora de minha carreira literária.

A.C.I.MA –Um sonho?

ROFA – Ser um escritor reconhecido nacional e internacionalmente, ser lido e admirado pelo que escrevo e por este dom que Deus me deu.

A.C.I.MA –Um lugar?

ROFA – Arraial do Cabo, na Região dos Lagos, onde vou todas as férias, local de refúgio, descanso e muita inspiração.

A.C.I.MA –Uma música?

ROFA – “Viver pra servir”, do Prisma Brasil. Vivemos nesta vida para servir a Deus e ao próximo.

A.C.I.MA –Uma tristeza?

ROFA – Ser ignorado pelas grandes editoras, que não te ouvem e nem dão oportunidades.

A.C.I.MA –Um barulho?

ROFA – De ronco de motocicleta a noite quando quero dormir... ninguém merece (risos).

A.C.I.MA –Um cheiro?

Perfume no cangote de quem a gente ama (risos).

A.C.I.MA – Doce ou salgado?

ROFA – Doce. Adoro... ainda que não tenho glicose alta (risos)...

A.C.I.MA – Destino ou casualidade?

ROFA – Casualidade. Tudo acontece quando tem de acontecer e não por destino.

A.C.I.MA – Quente ou frio?

ROFA – Quente. Vivo no Rio de Janeiro e estou acostumado com os 40º , mas sentir friozinho também é bom (risos).

A.C.I.MA – Seu hobby?

ROFA – Escrever. Mesmo parecendo uma “obrigação”, sempre é um prazer e um hobby também.

A.C.I.MA – Comida preferida?

ROFA – Estrogonofe. Adoro o de carne.

A.C.I.MA –O que ama?

ROFA – Viajar. Se pudesse viajarei o mundo todo para conhecer culturais e me inspirar cada vez mais para escrever sobre diversos temas em crônicas diversas.

A.C.I.MA – O que não ama?

ROFA – Ser obrigado a fazer o que não gosto nem dá prazer, seja profissional ou sentimentalmente.

A.C.I.MA – Um livro?

ROFA – “A Bíblia”, o livro dos livros. Medito no leio e me inspira no que escrevo.

A.C.I.MA –Um filme?

ROFA – A saga “Guerra das Estrelas” que marcou a minha infância e inspira possíveis obras de ficção.

A.C.I.MA – Uma homenagem?

ROFA – A todos os leitores que leem meus textos, meus pais e minha saudosa avó, Carola.

A.C.I.MA –Momento inesquecível?

ROFA – Lançamento de meu livro “Mídia, bênção ou maldição?”, na XV Bienal do Livro, no Rio de Janeiro, em 2011.

A.C.I.MA –Três coisas fundamentarias para ser feliz?

ROFA – Amar a Deus que me conduz, amar o que se faz, amar quem está ao meu lado.

Contato pessoal:

- E-mail: rofa.escritor@gmail.com

- Facebook: Rofa Rogerio Araujo

- Site (em construção): www.rofa.com.br

- Blog (em reforma): blogdorofa.blogspot.com

A.C.I.MA. – Muito obrigada ROGÉRIO ARAÚJO (ROFA), é uma honra tê-lo conosco. Parabéns pelo seu lindo trabalho, Sucesso SEMPRE!

Para ter acesso as entrevistas e conhecer melhor essa geração fantástica de artistas e escritores que, com Cores & Letras, estão escrevendo a nossa história, clique nos links abaixo. Boa leitura.

EXTERIOR

A.C.I.M.A entrevista GEOVANA CLÈA ( Itàlia)

http://acimamandala.blogspot.com/2011/09/vitrine-do-artista-brasileiro-no.html

A.C.I.M.A entrevista ANA MIQUELIN ( Itàlia)

http://acimamandala.blogspot.com/2011/09/vitrine-do-artista-brasileiro-no_25.html

A.C.I.MA. entrevista FÁTIMA FREITAS (Suíça)

http://acimamandala.blogspot.com/2011/11/vitrine-do-artista-brasileiro-no.html

A.C.I.MA. entrevista MARA PARRELA (Holanda)

http://acimamandala.blogspot.com/2011/12/entrevista-mara-parrela-na-vitrine-dos.html

A.C.I.MA. entrevista LÚCIA AMELIA BRÜLLHARDT (Suíça)

http://acimamandala.blogspot.com/2012/01/acima-entrevista-lucia-amelia.html

A.C.I.MA. entrevista JACQUELINE AISENMAN (Suíça)http://acimamandala.blogspot.com/2012/02/acima-entrevista-escritora-jacqueline.html