“A.C.I.M.A.” – Associação Cultural Internacional Mandala entrevista a escritora Beti Rozen, residente nos EUA, para a vitrine do artista brasileiro no Exterior.
A “A.C.I.M.A.”
– Associação Cultural Internacional Mandala, sediada na Itália, desde 2011 está
realizando o mapeamento dos artistas brasileiros residentes no exterior. Este
projeto “Vitrine do Artista Brasileiro no Exterior” abraça a arte e a
cultura dos povos migrantes em todas as suas formas e manifestações – sejam elas, musicais, literárias, teatrais, artes
plásticas, cinema, dança, fotografia,
folclore, enfim, todas
as expressões artísticas brasileiras.
A.C.I.M.A. – Bem vinda Beti Rozen! Primeiramente, gostaríamos de saber
um pouco sobre você: Sua terra natal? Onde vive atualmente e o motivo que lhe
impulsionou a viver fora do Brasil?
Beti
Rozen – Minha terra natal è o Rio de Janeiro. Vivo atualmente em
Fort Lee, New Jersey, USA. Vim de férias aos EUA e conheci um rapaz, diplomata
vivendo em Virgínia e trabalhando em Washington DC, apresentação via uma pessoa
que conheci em Israel, trabalhávamos juntas. Não deu certo o relacionamento.
Conheci no metro de Washington DC um outro rapaz, com o qual acabei casando e
me mudei para New Jersey, onde morava. (Mas antes ele foi ao Brasil conhecer
meus pais.) Nos divorciamos e voltei ao Brasil. Voltando aos EUA com uma amiga,
conheci Peter Hays, meu atual marido e coautor de meus livros. O conheci no
metro de Nova York.
A.C.I.M.A. – Como foi sua adaptação e quais as maiores
dificuldades que encontrou no exterior? Maiores alegrias? Contou com o apoio de
alguma organização que auxilia os imigrantes brasileiros?
Beti Rozen – No início sempre è difícil,
principalmente conseguir emprego, nunca mais voltei a trabalhar na minha
profissão, economista, com especialização em comércio exterior. Trabalhei no
Brasil e em Israel nesta profissão. As maiores alegrias foram depois que
conheci o meu segundo marido, e tive meu filho.
Tive contato no início
com o jornal The Brazilians (Edilberto Mendes), Casa do Brasil (Benito Romero),
e diversas instituições. Escrevi para jornais e revistas, participei do
Brazilian Day que era pequeno no início. Comecei a me envolver com a comunidade
brasileira.
A.C.I.M.A. – Como e quando se dá o seu primeiro contato
com a escrita? Sobre qual tema você escreve? De onde vem as inspirações para
suas obras literárias? Poderia nos contar um pouco sobre seu (s) livro (s) e
percurso literário?
Beti Rozen – O meu primeiro contato com a
escrita foi no Brasil em 1975, quando estava no vestibular para a faculdade de
Economia e estudava química e não gostava, desabafava escrevendo poesias.
Trocava poesias com minhas colegas de vestibular. Depois participei de
concursos de poesias, cartas de amor, tive alguns prêmios. Comecei a publicar
em revistas, e finalmente saiu o meu primeiro livro, de poesias, em 1982, no
Rio de Janeiro, o Bolas de Sabão.
Depois das poesias, comecei a escrever contos
infantis e juvenis. As inspirações são diversas. Antes de meu filho
nascer imaginava e observava o universo ao redor de mim. Eu era a própria
criança que queria brincar e imaginar. Depois me inspirei muito no meu filho,
na experiência do imigrante nos EUA, do Brasil etc, isso quando já morava nos EUA.
Meu filho nasceu nos EUA.
Meus livros:
A.C.I.M.A. – Qual foi a pessoa que primeiramente acreditou em seu talento? E qual outra linguagem da Arte tem o seu interesse?
Beti Rozen – Quem publicou minhas primeiras
poesias, meus primeiros livros. Meu pai me ajudava a vender meus livros
etc... etc. E principalmente eu mesma.
E qual outra
linguagem da arte que tem meu interesse? Teatro e dança. Fiz teatro como atriz
e também como autora teatral, e dança também.
A.C.I.M.A. – Como você divulga o seu trabalho? O que
você acha que seria prioritário fazer para divulgar o trabalho dos artistas
brasileiros que vivem no exterior?
Beti Rozen – Divulgo meu trabalho em feiras de livros, festivais
culturais, escolas, entrevistas em jornais, tv (comunidade brasileira e
outros), eventos literários, web page, participando de instituições como a
Camara de Comércio de NY, Centro Cultural de Miami, Brazilian Endowment for the
Arts em NY, Rede de Escritoras Brasileiras-REBRA etc.
O que acho que seria prioritário
fazer para divulgar o trabalho dos artistas brasileiros que vivem no exterior?
Instituições que apoiem os artistas imigrantes,
oferecendo espaços, divulgação... e no caso de livros, promoção em escolas (no
caso infantis), bibliotecas, espaços na mídia e eventos para vendas de livros.
È importante a integração/intercâmbio entre escritores, trocando experiências,
tal como tenho feito. Apesar de estar vivendo nos EUA, tenho contato com
escritores brasileiros na Europa e no Brasil.
A.C.I.M.A. – Propósitos e novidades literárias?
Beti
Rozen – Espero continuar a escrever para crianças e jovens, poesias
e lançar meus livros em outras línguas e em diversos países.
A.C.I.M.A. – Que conselho daria à quem esta dando os
primeiros passos no universo literário?
Beti
Rozen – Ler muito, escrever muito, promover muito e ser muito
persistente, nunca desistir apesar das rejeições e dificuldades.
A.C.I.M.A. – Você
pretende voltar a viver no Brasil? Qual sua opinião
sobre o momento “economicamente feliz” que o Brasil está vivenciando
atualmente?
Beti Rozen – Por enquanto não pretendo
voltar a viver no Brasil, tenho marido e filho americanos e já vivo há mais de
21 anos fora do meu país. Já sou cidadã americana, mas nunca larguei o Brasil e
o visito diversas vezes por ano, mantenho-me informada e em contato
culturalmente também, participando de feiras de livros e eventos literários.
Criei raízes nos EUA...
A.C.I.M.A. –
Qual é o seu objetivo no momento?
Beti Rozen – Trabalhar e continuar minha
caminhada. Já fazem 30 anos que lancei o meu primeiro livro no Brasil, 1982, de
poesias, Bolas de Sabão. Trabalho em outras áreas nos EUA. Mas nunca deixarei
de ser escritora.
A.C.I.M.A. –
Se desejar deixe-nos uma mensagem por
favor!
Beti
Rozen – Continuem apoiando o artista/escritor brasileiro. O trabalho
da A.C.I.M.A è muito bonito.
RAPIDINHAS:
ACIMA - Uma
saudade?
BR
- Das pessoas que se foram e/ou envelheceram, ou perderam a alegria
de viver.
Do passado, da criança e jovem que fui cheia de
esperanças. Do meu pai que faleceu em 1993 e da minha mãe que está doente,
saudade do tempo em que ela era ativa. E do tempo do clássico no Colégio
Andrews, do tempo que trabalhei na Fundação Centro de Estudos do Comércio
Exterior, no Rio de Janeiro. Também do ano que vivi em Israel e trabalhei no
Ministério da Industria e Comércio em Tel Aviv.
ACIMA - Um
sonho?
BR - Nunca parar de sonhar.
ACIMA - Um
lugar?
BR - Rio de Janeiro. Copacabana.
ACIMA - Uma
música?
BR - Roda Viva de Chico Buarque
ACIMA - Uma
tristeza?
BR - Não poder fazer o tempo parar, não ter mais meu pai e
pessoas do passado.
ACIMA - Um
barulho?
BR - Do Mar
ACIMA - Um
cheiro?
BR - Pão de Queijo, pipoca, chocolate, café, flores.
ACIMA - Doce
ou salgado?
BR - Doce
ACIMA -
Destino ou casualidade?
BR - Destino
ACIMA - Quente
ou frio?
BR - Quente.
ACIMA - Seu
hobby?
BR - Ir a praia, cinema, teatro.
ACIMA - Três
coisas fundamentais para ser feliz?
BR - Sonhar,
batalhar pelo sonho e não se frustrar se não der certo.
ACIMA - Comida
preferida?
BR - Empada, estrogonofe de frango, feijão com arroz,
farofa e muita sobremesa.
ACIMA - O que
ama?
BR - Mar e sol
ACIMA - O que
não ama?
Pessoas que julgam e falam pelas costas.
ACIMA - Um
livro?
BR - O pequeno Prìncipe
ACIMA - Um filme?
BR - O Meu Pé de Laranja Lima e Ghost.
ACIMA - Uma frase de sua autoria?
BR - Pera ai! (mas esta não è realmente de minha
autoria, mas uma expressão que uso muito). Meu marido americano acha engraçado
e me imita.
ACIMA –
Seu lema?
BR - Aproveitar a vida, aprender sempre, viajar e
trocar experiências com outros seres humanos.
ACIMA –
Um agradecimento?
BR - A todos que acreditaram em mim, que não me
criticaram, aos que sempre falam palavras positivas sobre meu trabalho e jeito
de ser e viver.
Nota: Para conhcer mais sobre o trabalho de Beti
Rozen visite os links abaixo.
Contato e-mail pessoal: betirozen@fast.net
Links: www.grupoliterarte.com.br
Links: www.rebra.org
www.b&n.com
A.C.I.M.A. - Muito obrigada Beti Rozen! Parabèns pelo
seu trabalho!
A.C.I.M.A. Associação Cultural Internacional Mandala
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